sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

NOME

Tu, em tudo presença,
vibrar de asa,


eu, que nem nome tenho,
jamais nua de água,


tu, felicidade do corpo
embasado em brasa,


eu, sequer lembrança,
mero eco na sala,


tu, veneno curare
— e eu é que me chamo naja?

(do livro Éden Hades, 1994)


Olga Savary

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