"O espelho! Verdugo de meus dias, de minhas noites. Imagem tão traumatizante como os próprios traumatismos. Todo o tempo essa impressão de ser apontada com o dedo. 'Frida, olha-te. Frida,contempla-te'.Já não há sombra de verdade onde esconder-se, nem cova onde retirar-se, entregue à dor, para chorar em silêncio sem marcas na pele. Compreendi que cada lágrima traça um sulco no rosto, por jovem e firme que seja. Cada lágrima é uma fragmentação da vida.
Observava meu rosto, meu mínimo gesto, as dobras das colchas, seu relevo, a perspectiva dos objetos dispersos ao meu redor. Durante horas me sentia observada. Me via. Frida dentro, Frida fora, Frida em todas as partes, Frida ao infinito."
(Frida Kahlo)
Observava meu rosto, meu mínimo gesto, as dobras das colchas, seu relevo, a perspectiva dos objetos dispersos ao meu redor. Durante horas me sentia observada. Me via. Frida dentro, Frida fora, Frida em todas as partes, Frida ao infinito."
(Frida Kahlo)
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